quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

POEMA DE PÓS-NATAL

Comeu peru demais no Natal.
Nunca pensou que pudesse comer
praticamente um peru inteiro.
Mora sozinho.
Fez uma ceia para si mesmo.
Tomou uma garrafa de coca
dois litros
porque não bebe álcool.
Tem sonhado toda noite
que está comendo um peru
gigantesco
que quanto mais ele come
mais aumenta de tamanho.
Chegou a pensar em ir
a um psicólogo
mas preferiu esperar
o peru do seu sonho
se dissolver com o tempo.
Peru nunca mais.
No Natal do ano que vem
pensa em comer bacalhau
ou pernil.
Nada de peru ou chester.

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