domingo, 4 de julho de 2010

MORREU O POETA ROBERTO PIVA

O poeta mais paulistano morreu.
O poeta cosmopolita morreu.
O poeta marginal morreu.
Roberto Piva grita os seus poemas
pelas ruas de São Paulo
vivo
apesar de morto.
Ninguém escuta.
O trânsito caótico
a loucura
a pressa vertiginosa
impedem
que Roberto Piva
diga um poema de sua autoria
para lembrar
que a poesia não morre.
Roberto Piva
é um poeta
de ação.
A sua palavra é um manifesto
poético
que não termina.
Roberto Piva morreu.
Quem é Roberto Piva,
pergunta um passageiro
esperando
o próximo trem no metrô.
Chega o trem,
o passageiro entra
e nem se lembra mais da notícia
que voou nos seus ouvidos
como um pássaro fugaz
e etéreo.

2 comentários:

  1. Belo texto, Jaime. Capta bem a alma poética do Piva. Faremos uma singela homenagem a ele no site O BULE www.o-bule.blogspot.com Gostei muito desse seu poema sobre o Piva. Se você quiser mandá-lo para O BULE, poderemos ver um jeito de publicá-lo lá. Se não sair lá, publico no meu blog: www.baque-blogdogeraldolima.blogspot.com Caso queira mandar um breve comentário para colocarmos no twitter e no facebule, está valendo também. Que tal? Basta acessar o site e ir ao "contato".
    Um abração.

    ResponderExcluir
  2. Jaime, estou em lágrimas! Piva vive no seu poema.

    ResponderExcluir