sábado, 27 de novembro de 2010

QUASE A PALAVRA FOGE

Quase a palavra foge de mim
escapa
me deixando sem voz por segundos.

Quase a palavra vai embora.
Eu a seguro na boca
e a digo em voz bem alta
para que todos a ouçam
e eu possa mantê-la comigo
como aliada
que pode me socorrer
nas situações mais variadas
adversas
absurdas
inesperadas.

A palavra é uma presença
que me alimenta.
Sem ela
há uma fome de sentido
e de expressão
que mata aos poucos
minuto a minuto.

O silêncio, só ele,
sem palavras por perto
para recorrer
quando for preciso,
é um inimigo mortal.

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