Meu tataravô
espanhol
come presunto Pata Negra
e toma um vinho de Rioja.
Meu tataravô
espanhol
se diverte
fora do tempo
lê a primeira edição
de Dom Quixote
e se esparrama
na rede
em uma tarde de um sábado
remoto.
Depois solta um riso bizarro.
O meu tataravô espanhol
conta para mim
a história dos meus antepassados.
E eu o ouço
daqui
enternecido
e tocado
pela narrativa
que talvez explique
a trajetória
que conduz
a trama
hereditária
que nos une
por um fio
invisível
e forte.
Meu tataravô
espanhol
agora está sentado
em uma nuvem
de espuma.
sábado, 23 de maio de 2009
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Ah, Jaime, quem sabe seu avô não 'esteve' comigo em Madrid, em 2002, quando eu comia presunto Pata Nera e bebia vinho de Rioja?
ResponderExcluirAdoro esse seu jeito de poetar!
Beijo