Esqueceu o nome do bolo
que comeu na sua última viagem
ao exterior
há dez anos.
Esqueceu a chave do carro
na mesa da cozinha ontem à tarde.
Mas se lembrou do amor
perdido há vinte anos
que ainda vigora na sombra.
Memórias vão
memórias vêm.
Esquece-se muito
porque há muito o que esquecer.
Com muitos objetos ao nosso redor,
é impossível se lembrar de todos.
A melhor memória
é a das sensações.
O gosto daquele bolo
que ele comeu
na Suíça há dez anos
está intacto
na sua memória.
O nome desapareceu,
mas o prazer de comê-lo não.
sábado, 25 de setembro de 2010
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